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Você quer ser margem ou represa na vida dos seus filhos?

Os adultos não devem ser obstáculos para o desenvolvimento das crianças


Por Taís Alice




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A infância é onde reside a base da vida. E é a partir da forma como os adultos se expressam, agem e se dirigem às crianças que elas constroem o seu diálogo interior e sua visão do mundo, dos outros e de si mesmas. Não sei se já contei por aqui que estou fazendo um curso para Educadora Montessori Assistente e estudo sobre o método Montessori desde a época da faculdade de Pedagogia. E o que entendo como mais importante e encantador no trabalho de Montessori é que a criança é a chave, o elemento principal, o mais valioso e perfeito e que, por si, merece todo nosso respeito e dedicação.


Nas aulas mais recentes do curso, o professor fez uma analogia ao desenvolvimento da criança como um fluxo de um rio. Para ele, os adultos devem ser a margem do rio, que guia a criança, mas que permitem a liberdade e só interrompem as atividades nocivas. A margem apenas coloca o limite. O nosso papel, como adultos, é ajuda-las a caminharem para o seu desenvolverem e retirar os obstáculos que as atrapalham, e não ser o próprio obstáculo, a represa que interrompe o fluxo do rio, impedindo de seguir. Se interrompemos demais, ajudamos demais, proibimos demais, desrespeitamos demais, nós colocamos obstáculos ao seu desenvolvimento.


Portanto, eu pergunto a vocês: querem ser a margem que guia ou a represa? É um convite à reflexão. É sobre educar com respeito.

Porque eu quero ser o adulto que é margem. Que não seja um obstáculo ao propósito da ação da criança rumo à sua independência. Se nós, adultos, pudermos nos despir de todo sentimento de superioridade e de poder em relação às crianças, que foi estabelecido culturalmente ao longo dos anos, poderemos escolher um caminho de consciência que as ajudará a crescer de forma positiva, livres, com encorajamento, motivação, firmeza, gentileza e respeito por quem elas nasceram para ser.

Por isso, é preciso confiar na potência das crianças e nutrir a sua essência, apreciando e respeitando a sua natureza individual, fornecendo os nutrientes que as ajudarão a acessar o que há de melhor dentro delas. Para mim, Maria Montessori mais fala da educação dos adultos para serem dignos das crianças, do que da própria educação dos pequenos, que são nosso elemento construtor. É das crianças que temos o privilégio de guiar que nascerá o homem do futuro. Portanto, precisamos nos autoeducar e controlar nossos comportamentos para que contenhamos nosso impulso de cessar a natureza da infância, para deixarmos de querer que os comportamentos infantis se aproximem dos comportamentos adultos, pois é na criança que está a perfeição.


Faz sentido para você? Qual o papel você quer assumir na vida dos seus filhos?

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