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Observe a criança para ter as respostas que procura


O principal objetivo disso é ir de encontro às necessidades da criança. Observe e verá.

Por Taís Alice

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Lendo e estudando mais sobre o método Montessori, percebo cada vez mais a necessidade de observarmos de verdade as crianças e suas ações. Se queremos entender sobre a natureza da infância e sobre as suas necessidades por trás de seus comportamentos, observá-las no dia a dia nos direciona. Maria Montessori usou a observação das crianças de maneira científica e, foi a partir dela, que desenvolveu o seu método pedagógico, que ela chamou de “Pedagogia Científica”.


Sem pretensão de entrar neste tema, que é bastante denso e amplo, trazer a observação para o seu cotidiano com as crianças, sem ideias preconcebidas, sem preconceitos, julgamentos ou pensando já saber o que esperar delas, vai ajuda-los a realmente enxergá-las, entender como ajudá-las a caminhar rumo ao seu desenvolvimento pleno, a encontrarem seu equilíbrio, a serem mais felizes.


Quando conseguimos observá-las, em silêncio, percebemos sua concentração, aprendemos sobre seus gostos, expressões, gestos, interesses...enfim, passamos a conhecê-las. Percebe como isso é importante? A observação permite que você realmente veja essa criança que você está educando e preparando para o mundo, dá a você a oportunidade de assistir as suas conquistas, descobertas e crescimento. Coisas tão valiosas que vão construindo a história de vocês.


"Enxergar a criança conduz ao despertar do adulto, que por sua vez, leva à libertação da infância". Gabriel Salomão, do Lar Montessori

A gente observa a criança para descobrir sobre ela. E, se fazemos isso de forma respeitosa, somos capazes de permitir que elas sejam quem nasceram para ser. Deixamos o que observamos nos guiar na resolução dos problemas. Para que não sejamos obstáculos na vida delas ao querer impor nossas ordens, desejos e expectativas, pois, na nossa ânsia de querer que as crianças sigam nossas instruções, não entendemos que elas precisam apenas que indiquemos o caminho a seguir porque o restante elas farão sozinhas, com tropeços, quedas e superação.


O adulto precisa se deixar de lado e cuidar do seu próprio comportamento para respeitar a natureza da criança, entender as necessidades dela, se comunicar verdadeiramente, abrindo mão das instruções, ordens e proibições, dando espaço para diálogos, para a escuta ativa, para olhar, ver, reparar. Com isso, buscamos romper nossas crenças e certezas sobre a infância e a criança para permitir que elas nos mostrem quem realmente nasceram para ser e são.

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