O ponto de partida da educação consciente é o adulto
- Taís Alice
- 8 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Conheça os cinco critérios para uma disciplina efetiva, com respeito, firmeza e gentileza.
Por Taís Alice

Quando pensamos na forma tradicional de educação, diante de um comportamento desafiador, tendemos a colocar todo o nosso foco no que é negativo. Nosso primeiro instinto é a punição, o castigo, a ameaça. Fomos educados pelo medo e para a obediência. Esta foi e é a forma mais popular de controle excessivo por parte dos adultos. E seguimos esse legado. Até aqui. Porque é possível fazer diferente.
Os castigos e punições cessam o “mau comportamento” de imediato, mas não ensina nenhuma habilidade de vida à criança. E o adulto ainda fica responsável pelo comportamento dela, pois quando ele não está por perto, as crianças não sabem como se responsabilizar.
Se você observar bem, vai entender que adultos controladores reclamam da irresponsabilidade das crianças, mas não percebem que eles mesmos não estão treinando as crianças para isso.
E se eu lhe dissesse que esses padrões disciplinares desrespeitosos de educar crianças são a razão pela qual criar um pequeno ser humano parece um ciclo interminável de negatividade e estresse? Eles não são adequados se você deseja aumentar a cooperação, o aprendizado e a conexão com seu filho a longo prazo. Pensar em disciplina como algo negativo, equiparando com punição, castigos e tirania, é um equívoco. Quando passamos a ver a disciplina como educação em lições de vida, começamos a usar bons critérios, a fazer escolhas eficazes e criar soluções positivas.
Se pensamos em uma disciplina efetiva, é preciso listar 5 critérios, aos quais os métodos e ferramentas ensinadas na Disciplina Positiva atendem:
Fimeza e gentileza. Respeito mútuo, é respeitosa e encorajadora.
Conexão, ajudando a criança a desenvolver um senso de aceitação e importância.
É efetiva em longo prazo.
Ensina habilidades sociais e de vida valiosas para a formação de um bom caráter, como respeito, responsabilidade, resolução de problemas, cooperação, etc.
Convida as crianças a descobrir o quão capazes elas são. Encoraja o uso construtivo do poder pessoal e da autonomia.
O que isso significa? Que punições, castigos, desrespeito, gritos, ameaças não atendem a nenhum desses critérios. Os adultos precisam se ver como guias das crianças, os responsáveis por estimular nelas o melhor do seu potencial, é o orientador que pode ajudar as crianças a aprender e crescer na melhor versão de si mesmo e prosperar no mundo algum dia.
Pense sempre que as crianças reagem melhor quando são ouvidas, aceitas, consideradas e respeitadas. Dessa forma, elas estão mais propensas a cooperar, controlar melhor seus comportamentos e desenvolver habilidades que as tornem boas pessoas para o mundo. O ponto de partida está no adulto. Nenhuma ferramenta se sustentará se você não cuidar do seu comportamento, não olhar para si mesmo, não começar um processo de autoeducação. A educação é um processo de longo. Comece devagar. Mas comece. E vamos juntos porque meu propósito é ajuda-los nessa jornada.
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