Mau comportamento é uma forma de expressão
- Taís Alice
- 19 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
O principal objetivo de uma criança é ser aceita e importante. Entretanto, quando elas não se sentem dessa forma, tendem a ter ideias erradas de como conseguir isso.
Por Taís Alice

Marshall Rosenberg, que foi quem sistematizou a #comunicação não violenta, diz que:
"Por trás de um mau comportamento há uma necessidade”.
Portanto, diante de uma criança que se comportar mal, pergunte-se o que ela está tentando comunicar com esse #comportamento, pois as crianças não têm o cérebro totalmente desenvolvido e não estão #conscientes da mensagem que querem transmitir.
“Você será mais eficiente em redirecionar o mau comportamento para um comportamento positivo quando se lembrar que existe uma crença desencorajadora e oculta por trás do comportamento”, diz #JaneNelsen.
O psiquiatra e educador Rudolf Dreikurs identificou quatro objetivos equivocados ou inadequados que as crianças adotam quando se sentem desencorajadas e querem se sentir aceitas e importantes.
"Uma criança que se comporta mal é uma criança desencorajada". Rudolf Dreikurs
Jane Nelsen pontua esses objetivos equivocados no livro #DisciplinaPositiva:
Busca por atenção indevida: “Eu me sinto aceito apenas quando tenho a sua atenção”. Aqui as crianças adotam comportamentos irritantes para ser o centro das atenções. Nesse caso, você pode encorajá-las redirecionando para que consiga atenção de forma produtiva. Dê uma tarefa, inclua a criança nas decisões, por exemplo.
Poder mal dirigido: “Eu me sinto aceito apenas quando sou o chefe, ou pelo menos quando não deixo você mandar em mim”. Gostam de contrariar, são desafiadores. Nesse caso, é mais eficaz sair da disputa. Admita o que está acontecendo e proponha que vocês se acalmem e resolvam isso de uma maneira respeitosa para ambos.
Vingança: “Eu não me sinto aceito, mas pelo menos posso me vingar”. Agem danificando algo, fazem retaliação, agravam o comportamento. O melhor nesse caso é lidar com os sentimentos da criança, evitando punição. “Percebo que você está chateado. Quer conversar sobre isso? Podemos resolver juntos?”
Inadequação assumida: “É impossível ser aceito. Eu desisto”. A criança não acredita que poderá ser aceita, então desiste de tentar porque não se sente capaz de fazer a coisa certa. Nesse caso, para encorajá-la, você deve mostrar que acredita nela, evite críticas, foque nos pontos positivos e promova oportunidades de sucesso.
Lembre-se que o #encorajamento permite que as crianças desenvolvam percepções de que são capazes, podem contribuir, que são consideradas ao serem incluídas nas decisões, que são ouvidas. Ensinar as crianças habilidade de vida e responsabilidades sociais para que tenham sucesso na vida é a melhor forma de encorajar. É preciso acreditar nas crianças, para que eles acreditem em si mesmas.
Texto: Taís Alice. Referências: Livro "Disciplina Positiva", de Jane Nelsen; "Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais", de Marshall Rosenberg.
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