Desvendando os estilos parentais
- Taís Alice
- 16 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de mai. de 2020
Nenhuma forma de criação funciona para todos. É por isso que existe uma enorme variedade de estilos de criação diferentes que podemos adotar com nossos filhos. Quer saber quais são eles? Vem comigo!
Por Taís Alice

Um estilo parental é uma maneira de educar adotando uma abordagem específica. Quando você sabe mais sobre o assunto, fica mais fácil entender qual o caminho está seguindo. Não há certo ou errado nessa escolha. Só depende do que você deseja para seus filhos.
"A maioria das nossas crenças, dos nossos votos e das histórias que contamos a nós mesmos veio da infância". Elisama Santos, no livro "Educação não violenta"
Em busca da "parentalidadeconsciente?
Quando pensam na sua infância e nas formas como foram educados, do que se lembram? Eu me lembro de pais amorosos, que trabalhavam muito. Nunca fui castigada ou apanhei, mas sentia pelo ambiente a necessidade de obedecer. Por outro lado, não me lembro de ser ouvida na infância ou de ter minhas emoções legitimadas. E vocês?
Honro todos os esforços dos meus pais e os amo imensamente. Eles não foram insuficientes na minha criação. Usaram as ferramentas que tinham, baseados na própria #educação que receberam. Não faltou amor, mas provavelmente #inteligênciaemocional e empatia.
Hoje, qual o tipo de criação vocês ofertam aos seus filhos, hoje? Seguem na relação #tradicional na qual fomos educados, baseada no controle e na superioridade do adulto? Ou optam por uma criação mais #respeitosa e consciente? Porque há mais alternativas e escolhas.
Estudos indicam que os estilos parentais podem ter um efeito enorme no sucesso educacional e na trajetória de carreira de uma criança. Vou considerar quatro: o permissivo, o autoritário, o negligente e o participativo.
Os estilos parentais
Para que você possa entender melhor, vou contextualizar. O modelo teórico que, atualmente, denominamos #estilos parentais foi criado pela psicóloga clínica e de desenvolvimento norte-americana Diana Baumrind, em 1966. Este foi um nos estudos desta temática e ela propôs a existência de três estilos parentais distintos: o estilo #autoritário, o estilo #participativo (no qual podemos pensar o método da criação consciente e a disciplina positiva) e o estilo indulgente (permissivo). Mais tarde, Maccoby e Martin (1983) acrescentaram o estilo negligente.
Explicando...
Permissivo: São pais que têm receio de rejeição e de não serem amados pelos filhos. Permitem em demasia, sentem culpa pela ausência ou são inconsistentes. Não ensinam que no mundo existem regras e limites no mundo.
Crianças criadas na #permissividade estão mais propensas a envolver-se em problemas de comportamento e têm pior desempenho na escola, mas podem ter boa autoestima, boas habilidades sociais e baixos níveis de depressão.
Autoritário: Há uma tentativa de controlar e modelar, de forma rígida, as atitudes da #criança. Estes pais valorizam #obediência absoluta, recorrendo a medidas punitivas (verbais ou físicas) para que esta se comporte de acordo com a sua exigência. São frequentes as críticas ou ameaças.
Essas crianças, como a maioria de nós, tendem a apresentar desempenho moderado na escola, não apresentam problemas de comportamento, geralmente são crianças e adolescentes quietos e passivas, com pouco controle sobre suas emoções negativas.
Negligente: São considerados pais ausentes. Deixam a criança fazer o que bem quiser. Geralmente, é o estilo que tem mais efeitos negativos sobre as crianças, porque elas não recebem a atenção de que precisam para se desenvolverem como adultos completos.
Crianças criadas de forma negligente apresentam pior desempenho em todas as áreas; podem ter um desenvolvimento atrasado, problemas afetivos e comportamentais.
Participativo: Os pais conseguem adequar a sua atitude à especificidade da criança (idade/maturidade e motivações), com estabelecimento de normas e limites, num clima de respeito e calor afetivo. A comunicação é positiva e otimista.
Estas crianças definem-se e são classificadas como mais competentes em todos os níveis, ou seja, boa autoestima, habilidades sociais, otimistas, bom desempenho acadêmico e desenvolvimento de resiliência.
Então, ao saber que a família constitui o primeiro núcleo social da criança e que é na infância que seus filhos aprenderão quem são, vale fazer uma reflexão sobre sua escolha de como educar para a vida e de que forma essa criação vai impactar. Posso ajudar você nessa caminhada, que não precisa ser solitária.
Como foi a sua criação? O que você deseja para seus filhos? Me conte nos comentários.
Fonte: Artigo "Os estilos parentais e o desenvolvimento da criança", de Irani Marques.
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