Consciência é a chave para quebrar padrões tradicionais
- Taís Alice
- 25 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
As ferramentas de educação só se sustentam se entendermos mais sobre nossas crenças, nossa própria criação, nossos comportamentos e nossas dores. Vem comigo!
Por Taís Alice

Nós estamos sempre buscando ferramentas para educar as crianças. Queremos um passo a passo eficaz para mudar seus comportamentos. Precisamos entender que ferramentas de educação só podem nos auxiliar na tarefa de educar crianças com respeito e de forma positiva se soubermos lidar com nosso emocional. E, pensando na CRIAÇÃO CONSCIENTE, técnicas só poderão nos ajudar de forma consistente se estiverem aliadas às bases que sustentam esse método educacional, que são: visão integral do ser humano, consciência, autoeducação e a não violência.
Para entender do que estou falando:
Visão integral do ser humano: tudo que nos atinge nas dimensões física, mental, emocional ou espiritual, afeta as demais. Por exemplo: quando nosso emocional não está bem, nosso físico é afetado. É assim com todos os seres humanos. E isso nos ajuda a entender que não há como educar uma criança olhando apenas para uma só dimensão. Na parentalidade consciente, todos os aspectos da criança precisam ser cuidados, bem como a dos adultos.
Consciência: pressupõe olhar para dentro em busca de compreender aspectos do mundo interior do adulto, que refletem no mundo exterior (e vice-versa). Quando pensamos na criação consciente, pensamos em entender um contexto maior, olhando para o que se passa dentro de nós. O que isso quer dizer? Que não adianta apenas aplicar técnicas com as crianças, se o adulto não consegue se entender e também compreender o que acontece com as crianças, o que está por trás dos comportamentos. E, acredite, uma das nossas grandes dificuldades ao lidarmos com comportamentos desafiadores de crianças é a nossa total desconexão tanto com as necessidades da criança quanto com as nossas próprias necessidades.
Autoeducação: pressupõe que o adulto pense no que precisa mudar em si mesmo para se relacionar bem consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Se queremos que as crianças saibam se relacionar bem, precisamos começar a nos educar para isso também, pois somos modelos para elas.
Não violência: trata da resolução de questões cotidianas com as crianças sem usar a violência, como gritos, castigos, rótulos, punições, ou seja, sem fazê-la se sentir mal consigo mesmas por terem errado. Aqui, o foco está na empatia, respeito e gentileza e o método da criação consciente se faz ainda mais presente, pois mostra alternativas aos pais que querem o bem estar da criança, sem repetir o padrão de autoritarismo e violência no qual a maioria de nós foi criada.
Pode ser um pouco difícil compreender tudo isso, porque nós não fomos criados com voz, respeito e empatia. Não aprendemos a lidar com nossas emoções durante a infância e ainda não sabemos bem como fazer isso agora. Então, como ajudar as crianças a lidarem com os seus sentimentos, a se conectarem com suas necessidades, enquanto nós mesmos não sabemos identificar, acolher e lidar com os nossos próprios sentimentos e necessidades? A tarefa não é fácil, mas você não precisa fazer isso de forma solitária. É um caminho que podemos percorrer juntos.
Faz sentido para você? Quer fazer parte de uma geração que vai criar e educar crianças de forma respeitosa e consciente?
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