Como pensar uma educação consciente
- Taís Alice
- 19 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
A autoeducação e consciência sobre nós mesmos é um dos princípios do método educacional da criação consciente, que vai além de ferramentas e passo a passo.
Por Taís Alice

Nós estamos sempre buscando ferramentas para educar as crianças. Queremos um passo a passo eficaz para mudar seus #comportamentos. Mas precisamos entender que ferramentas de educação só podem nos auxiliar na tarefa de educar crianças com respeito e de forma positiva se soubermos lidar com nosso emocional. E, pensando na
#criaçãoconsciente, técnicas só poderão nos ajudar de forma consistente se estiverem aliadas às bases que sustentam esse método educacional, que são: visão integral do ser humano, #consciência, #autoeducação e a não violência.
"Nós educamos as crianças na relação que temos com elas", Viviane Ribeiro, fundadora do Instituto TeApoio.
Para que você entenda que não se trata de fórmula mágica e que é um método abrangente, que trabalha diversos aspectos para que o adulto que cuida das crianças se entendam melhor e se conectem consigo mesmos e suas necessidades, vou explicar melhor abaixo:
Visão integral do ser humano: tudo que nos atinge nas dimensões física, mental, emocional ou espiritual, afeta as demais. Por exemplo: quando nosso emocional não está bem, nosso físico é afetado. É assim com todos os seres humanos. E isso nos ajuda a entender que não há como educar uma criança olhando apenas para uma só dimensão. Na parentalidade consciente, todos os aspectos da criança precisam ser cuidados, bem como a dos adultos.
Consciência: pressupõe olhar para dentro em busca de compreender aspectos do mundo interior do adulto, que refletem no mundo exterior (e vice-versa). Quando pensamos na criação consciente, pensamos em entender um contexto maior, olhando para o que se passa dentro de nós. O que isso quer dizer? Que não adianta apenas aplicar técnicas com as crianças, se o adulto não consegue se entender e também compreender o que acontece com as crianças, o que está por trás dos comportamentos. E, acredite, uma das nossas grandes dificuldades ao lidarmos com comportamentos desafiadores de crianças é a nossa total desconexão tanto com as necessidades da criança quanto com as nossas próprias necessidades.
Autoeducação: pressupõe que o adulto pense no que precisa mudar em si mesmo para se relacionar bem consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Se queremos que as crianças saibam se relacionar bem, precisamos começar a nos educar para isso também, pois somos modelos para elas.
Não violência: trata da resolução de questões cotidianas com as crianças sem usar a violência, como gritos, castigos, rótulos, punições, ou seja, sem fazê-la se sentir mal consigo mesmas por terem errado. Aqui, o foco está na empatia, respeito e gentileza e o método da criação consciente se faz ainda mais presente, pois mostra alternativas aos pais que querem o bem estar da criança, sem repetir o padrão de autoritarismo e violência no qual a maioria de nós foi criada.
Pode ser um pouco difícil compreender tudo isso, porque nós não fomos criados com voz, respeito e #empatia. Não aprendemos a lidar com nossas #emoções durante a infância e ainda não sabemos bem como fazer isso agora.
Então, como ajudar as #crianças a lidarem com os seus sentimentos, a se conectarem com suas necessidades, enquanto nós mesmos não sabemos identificar, acolher e lidar com os nossos próprios sentimentos e necessidades? A tarefa não é fácil, mas você não precisa fazer isso de forma solitária. É um caminho que podemos percorrer juntos.
Faz sentido para você? Quer fazer parte de uma #geração que vai criar e educar crianças de forma respeitosa e consciente?
Obs.: Texto inspirado no conteúdo do Instituto TeApoio, que oferece cursos de formação na área de #parentalidadeconsciente, #criaçãoconsciente, #comunicacaoconsciente, #educacaoparental, #coachmaterno, #comunicacaonaoviolenta.
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