Castigos não educam
- Taís Alice
- 16 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
O amor, a empatia e o respeito educam e ajudam as crianças a desenvolver boas habilidades sociais e de vida. Se pergunte: o que você deseja para seus filhos?
Por Taís Alice

Eu sei que diante de comportamentos desafiadores, os adultos são tomados pelo impulso de punir, castigar...porque é esse o estilo de parentalidade ao qual temos mais familiariadade. A maioria de nós foi criada no autoritarismo, porque eram estes os recursos que nossos pais tinham. E não significa que nos faltou amor. Significa que podemos evoluir, mudar, estudar.
"Quem aplica um castigo quando está irritado, não corrige, vinga-se". Michel de Montaigne
Porém, pesquisas têm nos mostrado que crianças que experimentam grande quantidade de punições tornam-se rebeldes, ressentidas ou totalmente submissas.
É importante que você entenda que quando pune uma criança, o “mau comportamento” pode ser imediatamente cessado. É um resultado de curto prazo. Mas o que o castigo está plantando na criança e o que você colherá depois é:
Ressentimento. Ela passará a não confiar nos adultos.
Vingança.
Rebeldia, para provar que não precisa e nem vai fazer do seu jeito.
Ela vai fazer as coisas de modo que não seja pega da próxima vez ou terá uma redução da autoestima, acreditando ser uma criança ruim. Eu tenho certeza que não é isso que você deseja.
Quando você escolhe romper esses padrões e opta por uma educação consciente e positiva, você pode revelar às crianças que os erros são grandes oportunidades de aprendizado. Você passa a olhar para as necessidades por trás dos comportamentos desafiadores. Tem a oportunidade de oferecer olhares acolhedores e respeito mútuo. O encorajamento para que elas confiem em si mesmas e em suas capacidades. Uma chance para que vejam no adulto que cuida delas colo, abrigo seguro, amor, conforto, confiança e oportunidades de aprendizados.
É nosso dever defender a infância, cuidar da natureza perfeita das crianças. Hoje temos em nossas mãos as informações e as ferramentas que nossos pais e educadores não tinham, para (re) pensarmos as nossas práticas e escolhermos educar com intenção e consciência, acolhendo nossas dores e desejando todos os dias fazer diferente. Nós somos os guias e responsáveis por promover a formação de seres capazes e autoconfiantes.
Vocês são os modelos para seus filhos. As crianças precisam de inspiração, de serem tratadas com respeito e dignidade para que se sintam capazes e estimuladas a desenvolverem habilidades valiosas, que farão toda a diferença no futuro. Afinal, queremos criar e educar seres conscientes, não é mesmo?
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