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A fábula da borboleta

Sabia que quando você faz tudo pela criança, você tira dela a oportunidade de aprender que é capaz e deixa ela acreditar que você faz tudo melhor?



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Os pais sempre querem o melhor para seus filhos e, muitas vezes, acreditam que ser  um bom pai ou mãe é fazer tudo  pelos seus filhos, protege-los de toda dor e decepção, socorrê-los de qualquer dificuldade. Afinal, os pais querem mesmo é livrar os filhos de todo e qualquer sofrimento. Porém, o que muitos não sabem é que, ao superproteger os filhos e fazer de tudo por eles, está tirando deles a oportunidade de crescimento social e emocional, de ganharem forças para superar obstáculos, de desenvolverem confiança em suas capacidades, de lidar com os altos e baixos que a vida nos apresenta.


“Nunca ajude uma criança em algo que ela acredita que pode fazer sozinha”. Maria Montessori

Vou contar aqui a lição da borboleta, que eu li na coluna do Paulo Coelho, em 2010, na página do G1. A história não é dele. Foi enviada por uma leitora:


Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças, e ficou imóvel.O homem decidiu ajuda-la. Com uma tesoura, abriu o restante do casulo, libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.


O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento, suas asas se abrissem e ela levantasse voo. Mas nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar.


O que o homem – em sua gentileza e vontade de ajudar – não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas”.

Essa história ilustra o quanto as crianças são prejudicadas quando os adultos resolvem fazer tudo por elas. Quando faz pelo seu filho aquilo que ele mesmo poderia fazer, você tira dele a oportunidade de desenvolver habilidades sociais e de vida, como cooperação, responsabilidade, autodisciplina, resolução de problemas, autocontrole, senso de capacidade e muitas outras, pois está deixando de treiná-lo para a vida, não está dando a ele a oportunidade de aprender com as tentativas, com a prática, com os erros.


"A criança que depende do adulto por tempo demais desenvolve em relação a ele um apego que nada tem daquele apego importante e saudável da relação entre pais e filhos. Trata-se de um apego feito todo de dependência e insegurança", Gabriel Salomão.

Não é respeitoso livrar as crianças das decepções e frustrações da vida, porque o esforço extra que fazem para conseguir superar os altos e baixos  é exatamente  o que vai prepará-las para vencer o próximo obstáculo. Se você a salva o tempo todo, não permite que ela tenha condições de lutar a batalha seguinte. E você não estará ao lado dela por toda a vida. Ela precisará saber voar sozinha até o seu destino. É seu papel treiná-la e dar oportunidades para que ela voe alto.



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